Conheça mais: CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS EVENTOS GLOBAIS DA SUSTENTABILIDADE


1950

Aconteceu a Convenção de Genebra, que entrou em vigor em 21 de outubro de 1950 e destinou-se a elaborar uma série de convenções internacionais para a proteção das vítimas da guerra. Foi estabelecida a proibição do emprego de métodos ou meios de combate que pudessem causar danos ao meio ambiente natural.

1968

Foi promovido um encontro para discutir o futuro das condições humanas no planeta, além de avaliar questões de ordem política, econômica e social relacionadas ao meio ambiente. A primeira reunião aconteceu em uma pequena vila em Roma, dando origem ao Clube de Roma.

1972

A mais relevante contribuição do Clube de Roma se deu em 1972, com a publicação do relatório “Os Limites do Crescimento”. O estudo utilizou sistemas de simulação da interação entre o homem e o meio ambiente, levando em consideração o aumento populacional e industrial, insuficiência da produção de alimentos e o esgotamento dos recursos naturais. Dentre os diversos aspectos identificados, a conclusão principal foi que se a humanidade continuasse a consumir os recursos naturais como na época, eles se esgotariam em menos de 100 anos. A declaração teve grande repercussão, entre muitas críticas vindas da política mundial alegando que o Clube de Roma tinha intenção de frear o crescimento econômico.

A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972 (Conferência de Estocolmo), foi um dos marcos mais importantes para o debate mundial sobre meio ambiente. A Declaração resultante do encontro contém 19 princípios que representam um manifesto ambiental para os tempos atuais, estabelecendo as bases para a nova Agenda Ambiental do Sistema da ONU. 

Da Declaração de Estocolmo, em 1972, ressalta-se o seguinte trecho:

Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as 
necessidades e esperanças humanas (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES 
UNIDAS BRASIL, s/d, on-line).

1987

A Conferência de Estocolmo foi a precursora de diversas e importantes ações, das quais ressalta-se a criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).

Presidida por Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega, a Comissão recomendou a criação de uma nova declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. Surge, então, o conceito do desenvolvimento sustentável, definido no Relatório Brundtland (“Nosso Futuro Comum”), em 1987, como: “o desenvolvimento que encontra [satisfaz] as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades” (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2019).

1992

Ocorreu no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, ou Eco 92. A Cúpula da Terra, como também ficou conhecida, apresentou ao mundo um novo paradigma de desenvolvimento, visando à sustentabilidade. 
Nos embates ocorridos nas conferências internacionais de Estocolmo (1972) e Rio de Janeiro (1992), nasceu a noção de que o desenvolvimento envolve, além das abordagens econômica e ambiental, o social. Nesse aspecto, é inerente o princípio de que pobreza é provocadora de agressões ambientais e, por isso, a sustentabilidade deve contemplar a equidade social e a qualidade de vida dessa geração e das próximas, introduzindo, de forma transversal, a dimensão ética (NASCIMENTO, 2012).


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