Conheça mais: GLOBAL X LOCAL X GLOBAL - MUDANÇAS DO CLIMA


Um dos temas mais atuais no que tange à sustentabilidade é o das mudanças do clima. Os impactos desses eventos climáticos extremos influenciam diretamente a segurança alimentar e nutricional da humanidade, e podem causar impedimentos para superar a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável, dificultando cumprir as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (FAO, 2017).

No âmbito local, em 2015, um tornado ocorreu no município paranaense de Marechal Cândido Rondon que faz parte da BP3. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), foram registrados ventos com mais de 115 km/h (quilômetros por hora).

Tornado no município de Marechal Cândido Rondon - PR Fonte: Memória Rondonense (2015).

Tornado no município de Francisco Beltrão - PR Fonte: Blog Central (2018).

Naquele ano, foram registrados mais dois tornados na região com intensidades similares ao mencionado anteriormente: um em Francisco Beltrão e outro em Cafelândia.

Esses e tantos outros eventos climáticos extremos presenciados localmente deixam ainda mais evidente a necessidade urgente de ações de mitigação e de adaptação a essas mudanças, no contexto local e global. Um desequilíbrio hídrico, por exemplo, pode vir a desencadear outras crises, inclusive energética. Nesse contexto, no território de influência da Itaipu Binacional, várias medidas têm sido tomadas para garantir segurança hídrica e energética, que você conhecerá nos próximos módulos.


No âmbito internacional, foram adotadas duas decisões importantes:

      1. A criação do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change), em 1988, com o objetivo de avaliar as informações científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para a compreensão dos riscos das mudanças climáticas de origem antrópicas;
      2. A adoção da UNFCCC, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (United Nations Framework for Climate Change), criada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

O relatório de 2018, do IPCC, evidencia que o cenário de aumento de 2°C na temperatura global terá consequências devastadoras, que envolvem a perda de habitats naturais e de biodiversidade, a diminuição de calotas polares e o aumento do nível do mar - impactando na saúde das populações, nos meios de subsistência, na segurança humana e no crescimento econômico (IPCC, 2018, tradução livre).

Fonte: INFOGRAPHIC... (on-line).

Em 1997, na COP 3, realizada em Kyoto, no Japão, foi criado um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, chamado de Protocolo de Kyoto.

Em 2015, na COP 21, em Paris, na França, adotou-se um novo compromisso - o chamado Acordo de Paris, com o objetivo de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima, além de reforçar a capacidade dos países para mitigar e se adaptar aos impactos decorrentes dessas alterações. O acordo foi aprovado por 195 países da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa no contexto do desenvolvimento sustentável.

O Brasil, até então, tem seguido o Acordo de Paris e dispõe de uma Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) desde 2009, oficializando o seu compromisso voluntário junto à Convenção-Quadro das UNFCCC para a redução de emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020. Essa política foi instituída pela Lei n.º 12.187/2009 e regulamentada pelo Decreto n.º 7.390/2010.


OS LIMITES PLANETÁRIOS

Com o rápido crescimento da industrialização e com a manutenção do uso de combustíveis fósseis, as atividades humanas atingiram níveis que podem ser irreversíveis e, em alguns casos, causar mudanças ambientais abruptas.

Em outras palavras, para se alcançar a sustentabilidade ambiental, é necessário definir limites para a produção e o consumo sustentáveis.

O conceito de “Limites Planetários” trata de uma abordagem estratégica para os limites da manutenção da vida humana no planeta.


Os nove limites planetários
Fonte: Adaptado de University of Cambridge Institute for Sustainability Leadership (2014)

A Itaipu Binacional tem assumido seu compromisso local e global com relação à gestão integrada e sustentável do território de abrangência de sua bacia hidrográfica, especialmente com o uso responsável da água, o que vai ao encontro desses conceitos e limites planetários também. A hidrelétrica direciona ações considerando não somente o aspecto da segurança hídrica para prover a sustentabilidade econômica na geração de energia elétrica, mas também para o abastecimento humano, a agricultura e pecuária, o lazer e turismo, além de outros usos que representam as dimensões sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável.

Comentários